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DCE UCS defende revisão no valor das mensalidades para enfrentar crise


A pandemia do vírus COVID-19 tem gerado grandes impactos no mundo inteiro. No Brasil, a preocupação se aflora pelos problemas sociais que enfrentamos, motivados principalmente pela desigualdade social e pela falta de políticas públicas que assegurem a saúde e deem condições de vida digna à população. Apesar do cenário instável, as saídas para superar o atual momento passam pela solidariedade, pela consciência coletiva e pelo avanço científico e educacional, colocando em xeque o obscurantismo, o individualismo e a ganância, tão em voga nos últimos tempos. 

Uma das principais medidas a serem tomadas para um enfrentamento à crise sanitária é a revogação da Emenda Constitucional 95 - que limita os investimento nas áreas da saúde e educação. O Sistema Único de Saúde (SUS) deve ser fortalecido como forma de garantir atendimento universal à população. A educação e a pesquisa científica precisam de investimentos para avançar no combate ao vírus. 

Nesse período difícil, a valorização da vida e da saúde coletiva ganham grande significância. Já na última semana, o DCE pressionou a reitoria da UCS para suspender as aulas como medida preventiva a não aglomeração de pessoas, seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). 

A Universidade de Caxias do Sul é uma instituição comunitária, de caráter público não-estatal e sua trajetória histórica é marcada pela contribuição da sociedade civil e do Poder Público para seu desenvolvimento. A comunidade acadêmica é a principal interessada no crescimento da UCS. Somente com o diálogo e a participação ativa da sociedade é possível avançar. É imprescindível que a UCS assuma sua responsabilidade social e coloque à disposição do bem-estar comum sua estrutura física e científica para medidas de combate à pandemia na região. 

Em relação às atividades acadêmicas, a Universidade optou pela continuidade do semestre letivo através de aulas on-line, síncronas, mediadas por plataformas digitais. É preciso garantir a qualidade de ensino através de mecanismos eficientes e flexíveis para o momento atual. 

Nesse momento de crise é importante que a Universidade valorize seus alunos e dê condições para que todos possam continuar estudando. O panorama econômico não oferece otimismo. Agravados pela inaptidão do Governo Federal, os reflexos serão sentidos pela ampla maioria dos estudantes que têm do seu trabalho a fonte de renda para o pagamento da mensalidade. Uma alternativa para garantir a permanência estudantil é a revisão no valor da mensalidade. Considerando as limitações impostas pela metodologia à distância; a impossibilidade de oferta das disciplinas presenciais em suas condições ideais; e a redução nos custos de manutenção e infraestrutura das Unidades Universitárias, a revisão no valor das disciplinas pode ser possível nesse momento de quarentena para continuarmos estudando. 

No mesmo sentido é importante discutir:
  • Garantia de cancelamento do semestre sem taxação, no caso da impossibilidade por motivo maior do estudante em continuar o semestre;
  • Critérios de avaliação flexíveis, em vista a metodologia adotada e de acordo com a realidade atual;
  • Desconsideração das notas do semestre 2020/2 nos critérios de desempenho acadêmico e Láurea Acadêmica;
  • Canais eficientes de atendimento à comunidade discente;
  • Produção de conteúdo pedagógico próprio e interativo;
  • Disponibilidade de atendimento psicológico através do Serviço de Psicologia Aplicada (SEPA);

O movimento estudantil seguirá lutando por melhorias e buscando alternativas para enfrentar o atual momento. Mesmo com as medidas de isolamento, a união e a solidariedade movimentam o necessário: a esperança de dias melhores para todos.

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