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Eleições para reitor UCS - Difícil encruzilhada



Na segunda-feira (26/03/2018) o Conselho Diretor da Fundação Universidade de Caxias do Sul reúne-se para decidir a figura que dirigirá a UCS pelos próximos quatro anos. Os quatro candidatos já apresentados pela mídia, acompanhados de seus respectivos vices, protocolaram inscrição e plano de gestão na sala do referido conselho e desde então estão dialogando com conselheiros e entidades sobre o processo eleitoral. Vale lembrar que o Conselho Diretor é formado por representantes do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Prefeitura Municipal de Caxias do Sul, Associação Cultural e Científica Virvi Ramos, Mitra Diocesana de Caxias do Sul, Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul - CIC, além do reitor em exercício, totalizando apenas 7 (sete) conselheiros. Portanto, o Diretório Central de Estudantes e as associações de professores e de funcionários não decidem os rumos da universidade neste aspecto.
Nesse contexto, o DCE UCS por meio de seu presidente Thales Rodrigues da Silva e equipe tomaram a iniciativa de conversar com todos os candidatos com o objetivo de conhecer melhor suas propostas e sugerir ações consideradas importantes pelos estudantes atualmente. A maratona de reuniões, que tem previsão de terminar somente na segunda-feira, serviu para construir uma opinião levando em conta as diferentes ideias e posicionamentos.
O acúmulo das discussões permitiu ao DCE a avaliação dos diferentes candidatos e construção de uma posição.
A candidatura do canadense Eric Charles Henri Dorion e de seu vice Gabriel Sperandio Milan centrou-se na visão de uma gestão técnica, aponta possíveis soluções para problemas atuais, tem boas intenções, mas limita-se em olhar somente o aspecto financeiro sem mencionar, por exemplo, pesquisa, formação completa e desenvolvimento regional. Pecam, portanto, por terem uma visão fechada e fragmentada da Universidade.
Outra chapa composta por Sidnei Alberto Fochesatto e Maria Carolina R. Gullo parece-se muito com a anterior, falam em gestão técnica, parcerias e atenção à concorrência, mas não reconhecem ou não priorizam a exploração de nossos diferenciais. Não demonstram domínio no debate sobre o ensino, pesquisa e extensão, o tripé de uma universidade.  Mais uma vez, veem a parte mas não o todo. “ Veem a árvore, mas não veem a floresta” como nos ensina o pensamento oriental.
Tal conjuntura nos coloca entre as candidaturas encabeçadas por Evaldo Antônio Kuiava, atual reitor, e Ademar Galelli, outro candidato. Ambos comprometidos e dispostos ao diálogo, ambos com uma visão holística da UCS, experiência e boa vontade.
Vejamos então: o atual reitor, Kuiava, por mais flexível e escorregadio que seja não pode apagar de sua história  a perda de quase 10 mil alunos, muitos deles hoje em outras instituições da cidade. Nada apagará, também, sua contribuição  para resguardar a memória e o respeito à história da nossa universidade. Tem respeito às pessoas e uma boa equipe. Porém, sempre em cima do muro e se eximindo de suas responsabilidades, delegando-as a terceiros.
Por último, conheçamos Ademar Galelli, profissional da área das Exatas, 36 anos de casa. Um candidato razoável, não pode-se afirmar, no entanto, que será um bom reitor. Apresenta bom plano, vê o todo da universidade, tem boas relações, demonstra comprometimento com o desenvolvimento da região e crescimento da UCS. Contudo, conhece-se muito pouco sobre suas características de liderança - opiniões de terceiros dão conta de um perfil inflexível como líder.
O cenário que se apresenta nos permite avaliar que Evaldo Antônio Kuiava ou Ademar Galelli são os nomes que têm mais condições de assumir o posto. As outras candidaturas não encontram-se maduras para a tarefa.
No que diz respeito ao processo eleitoral, lamentamos que uma decisão tão importante ainda seja tomada por um órgão tão restrito. Precisamos nos unir para buscar mais democracia na universidade. Só um movimento unificado e organizado entre estudantes, professores e funcionários poderá lograr êxito na ampliação do Conselho Diretor.
Para além disso, independente do resultado do pleito, exigimos do reitor eleito e de sua equipe administrativa diálogo e respeito à comunidade acadêmica, sobretudo, para com os estudantes da Universidade de Caxias do Sul, representados, em última instância, pelo Diretório Central de Estudantes.

Lutamos por uma universidade de excelência.


Secretaria Geral DCE UCS

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