Neste sábado (13/11/2020), ocorreu o Conselho de Entidades de Base (CEB) do Diretório Central de Estudantes (DCE UCS), um dos principais fóruns deliberativos do movimento estudantil da Universidade de Caxias do Sul, que reúne Diretórios e Centros Acadêmicos, assim como Diretórios Regionais de Estudantes. Mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia da Covid-19, o encontro contou com grande participação de entidades estudantis do Campus Sede e demais Campi, participando também representantes da União Estadual de Estudantes do Rio Grande do Sul (UEE-RS) e da União Nacional de Estudantes (UNE). A reunião ocorreu na Cidade Universitária – Campus Sede, sendo adotados todos os protocolos de biossegurança para garantir os cuidados recomendados pelos Órgãos de Saúde.
Na oportunidade, os representantes das entidades estudantis discutiram sobre o projeto da UCS de ampliação da carga horária EAD obrigatória nos cursos presenciais. A medida, em andamento pela instituição, quer impor que 40% da carga horária dos cursos presenciais sejam realizadas de forma totalmente à distância e obrigatória a partir do próximo semestre, impactando futuros alunos e os já matriculados também. Além disso, o custo das disciplinas EAD seguirão o mesmo, como se fossem presencias com o uso da estrutura física e acompanhamento de professores.
Através do CEB, os Diretórios Acadêmicos definiram ser contrários ao aumento da carga horária EAD obrigatória em cursos presenciais. Ainda, defendem que o atual modelo curricular dos cursos presenciais com oferta de 20% das disciplinas obrigatórias à distância deve ser revisto, uma vez que disciplinas específicas de muitos cursos presenciais estão sendo impostas somente no formato EAD sem qualquer redução no valor das mensalidades. Para isso, foi aprovado por unanimidade a convocação de um Plebiscito com o objetivo dos estudantes participarem demonstrando sua opinião em relação ao projeto. Poderão votar todos os estudantes regularmente matriculados.
A reunião serviu ainda para que os estudantes pudessem discutir acerca do reajuste de 12,46% nas mensalidades para 2022 definido pela FUCS. O posicionamento das entidades é de preocupação com a elevada taxa do reajuste e com a forma que a decisão foi tomada. Além dos impactos financeiros que atingirão muitos estudantes, os representantes estudantis ressaltaram a necessidade de democratização das tomadas de decisões nos órgãos deliberativos da instituição. De acordo com a diretora da entidade, Kauana Melo, é urgente a inserção de estudantes, funcionários e professores no Conselho Diretor da FUCS: “O Conselho Diretor é o órgão responsável pelas principais decisões que influenciam nossa trajetória na Universidade. Os estudantes, além de professores e funcionários, devem ter direito a voz e voto nesse espaço, já que somos nós quem vivenciamos e conhecemos a realidade da UCS.” - destaca a estudante. Diante disso, os Diretórios Acadêmicos, junto ao DCE UCS, estarão elaborando um Relatório de Demandas para ser entregue à gestão da Universidade, exigindo melhorias nos cursos, infraestrutura e maiores investimentos de forma equilibrada em todas as Áreas do Conhecimento. O DCE UCS conta também com acompanhamento de equipe jurídica, além de grupos de trabalho que estão organizando mobilizações e ações diretas contra o abusivo reajuste nas mensalidades.
Prestação de contas do DCE UCS é aprovada
O balancete financeiro do DCE UCS também foi apresentado pela diretoria da entidade. Os presentes puderam analisar detalhadamente e esclarecer dúvidas em relação aos documentos do relatório. Todas as contas foram aprovadas. Além da aprovação do balancete, as entidades debateram ações para enfrentar o boicote financeiro promovido pela instituição ao movimento estudantil, pois desde a realização de alguns enfrentamentos relacionados à exigência de redução das mensalidades, promovidos pelo DCE UCS em 2020, a Diretoria Administrativa e Financeira da universidade bloqueou qualquer recurso para as atividades culturais, acadêmicas e científicas promovidas pela entidade.
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